quinta-feira, 7 de outubro de 2010

aquelas fotos

vejo fotos que mostram momentos bons.
parecem momentos de felicidade, alegria, diversão.
certa vez alguém me disse que cansou de ter as histórias para contar e estar agora envelhecendo, mas sem casa própria ou ao menos um carro na garagem.
não sei o que é pior.
ter esses momentos para relembrar, histórias para contar, mas mesmo assim continuar sem nada de material.
ou... bom, eu não tenho casa, carro, cachorro, gato e nem muitas histórias.
raras viagens com amigos, que não eram meus amigos.
algumas festas, que não me renderam nada de bom.
talvez uma ou outra memória sobre conversas substanciais com amigos em alto grau etílico.
mas poucas que valem realmente serem lembradas.
as vezes quando olho algumas fotografias em que as pessoas parecem estar tão felizes, me questiono se elas realmente estavam tão bem naquele momento.
normalmente essas figuras me parecem tão superficiais.
um breve momento de felicidade entorpecida.
é neste ponto que percebo que o que eu procuro é algo além disso.
busco a essência das pessoas, mas elas não querem me mostrar.
é como se, se eu descobrisse o que há dentro delas, veria muito de mim e não me sentiria tão isolada do mundo.
procuro por semelhantes.
que tem neuras, fazem bobeiras, pensam em dizer coisas que não dizem, falam coisas e depois se arrependem.
pessoas que, assim como eu, choram raramente, guardam ressentimentos.
ou que se magoam facilmente por acreditar demais.
que se sentem machucadas quando promessas são quebradas.
que batem a cabeça pra tentar não ligar pra certas coisas.
mas que estão sempre ali, numa batalha entre a razão e a emoção.
estas que deveriam estar e tomar decisões juntas.
procuro pessoas que queiram mostrar quem elas são de verdade.
não quero só o lado feliz, só o romance, pois este, procuro apenas em filmes.
quero saber dos problemas, frustrações.
quem sabe assim não me sinta mais tão só, indecisa e confusa.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

por trás de tanta frieza

na verdade tem um coração frágil.
cheio de buracos.
cheio de espaços vazios.
cheio de espinhos perfurando a alma.
uma alma.
tão cheia de sonhos impossíveis.
cheia de memórias vagas. 
de uma felicidade ilusória, 
com anseios livres de expectativas maiores.

conclusão

dedo podre e coração de pedra.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

o vazio

está dentro de mim.
por um momento penso que ter pessoas por perto pode curar este vazio que não tem fim nunca.
em alguns momentos penso até que ele não está mais ali.
mas logo depois percebo que está.
ele sempre está ali.
esperando ser preenchido por sei lá o que.
é uma busca sem fim.
sem propósito.
sem saber o que se busca.
como achar a cura para uma dor que só dói na mente?
mas também dói no peito.
aperta, amarga, corrói.
camões fala sobre a dor do amor, "que arde sem se ver, ferida que dói e não se sente".
mas essa dor que cá está, não é de amor.
pode ser pela falta deste. 
alguém aí aceita o vazio em troca de amor? ou em troca de um pouco de paixão.
por que isso sempre volta?
por que essa busca incessante do desconhecido?
falta algo em mim.
ou está tudo aqui e eu não sei.
essa existência sem intento.
não me lembro da última vez que meu ser esteve completo.
mas me lembro de todas as vezes que senti essa falta do que não está aqui.
onde encontrar o que procuro?
se ao menos eu soubesse como preencher...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

a deriva

esperando o melhor momento para falar, para agir, para ser.
não há desespero, não há frustração, não há tristeza.
mas também não há amor, falta carinho, falta paixão.
nessa vida que passa por mim, sem me tocar.
ser feliz com o que se tem, mas não há satisfação nesse falso poder.
não sei o que quero, mas sei que quero mais do que tenho hoje.
o querer traz movimento, ação, o que já tenho está inerte.
como um barco sem rumo, continuo a deriva do que pode ser, mas ainda não é...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

um dia ruim, mas nem tanto

a incapacidade de não sofrer.
mesmo dizendo que não sinto nada demais, eu sinto.
prova disso foi a reação que tive, a sensação que sinto agora.
talvez a certeza de um "não" não seria tão frustrante como a indiferença quase aparente na desistência.
"quero ver vc sorrindo, não gosto de ver vc triste"
"talvez seja bom eu sentir isso por hora, até pq não gosto tanto assim"
"se vc fosse tão indiferente não estaria se sentindo desse jeito"
o "se" carrega um mundo de impossibilidades, de incertezas, de coisas que poderiam ser, mas não são.
não gosto de ficar pensando que poderia ser diferente, afinal isso é muito impalpável.
e traz ainda mais sofrimento desnecessário.
o fato é que o sofrimento que cabe a cada um pode não ser tão sofrido.
ontem não me permiti ter o momento que precisava, o tempo para digerir.
hj pensei e percebi que nessa vida sempre existirão pessoas que apesar de vc gostar muito, vão te fazer sofrer.
mas isso não quer dizer que façam isso de propósito.
muitas vezes nosso erro é pensar que é tudo pessoal, tudo é uma conspiração.
a vida transformada em uma comédia trágica.
nem tão triste, nem tão engraçada.
um meio termo não cabe aqui.
"e dessa insustentável leveza de ser, eu gosto mesmo é de vida real", como diz certa música.
afinal é com consciência e realidade que segue a vida.
mesmo q atualmente não seja a mais feliz q se tem, mas a menos não tem a quimera de uma ilusão.
tem coisas que estão além do nosso alcance, sendo assim, pq desperdiçar mais energia do que já foi utilizada?
vou continuar caminhando...

terça-feira, 27 de julho de 2010

dualidades

aquela mistura de sentimentos.
algo que não sei se quero sentir de novo. 
mas ao mesmo tempo estou buscando vivê-lo mais uma vez. 
apenas mais uma.
sentir a dor e o alívio. 
o ódio que causa paixão. 
o sadismo físico se contrapondo ao psicológico masoquista. 
temos todas as dualidades dentro de nós.
quero ir embora, mas quero ficar ali e ver até onde vai aquela situação.
me provoca, me instiga, me envolve.
não quero mais ver sua cara. 
mas se vc chegar mais perto, eu sinto seu calor. 
vc me causa arrepios. de prazer e raiva. 
nunca mais vou ficar com vc. 
talvez só mais uma vez, só por um momento, quero sentir isso de novo.
vc me dá medo e coragem.
quero ver vc explodir, sumir da minha frente.
mas antes quero vc mais uma vez. 
quero sentir a sua pele na minha. 
sentir aquilo que me fez sentir que vivo. 
me tira da rotina.
essa minha rotina inabalável.
faz eu me sentir livre quando me prende.
quero te amarrar.
quero te bater.
quero te amar.
quero te acariciar.
passar meus dedos pelas suas costas enquanto vc dorme.
quando vc dorme... há algo de sublime.
diferente do que vc é normalmente.
ou de quem vc mostra ser.
te odeio.
quero te amar.
te quero agora.
mas não te quero sempre.
vc é uma droga.
me vicia.
não te quero.
faltava vida na minha vida.
dê-me uma dose dupla.
quase uma overdose.
se afaste de mim.
mas não por muito tempo.
ainda quero sentir vc de novo.
eu quero a paz que vc não me dá.
eu quero o seu desequilíbrio. 

sábado, 17 de julho de 2010

ensaiando

como começar uma conversa inevitável?

-oi gata, td bem? como vc está?

(blá,blá,blá...)

-então gata, eu quero conversar com vc sobre algumas coisas que estão acontecendo. terça feira de manhã vc disse q queria me encontrar depois do trabalho e eu disse q te ligava pra gente marcar. depois do trabalho queria ter ido pra casa descansar, mas depois de te ligar e ter dito q iria na sua casa, achei chato desmarcar em cima da hora. ok, chego e lá está vc com a sua amiga. me senti invadindo a sua privacidade. de repente vc queria conversar alguma coisa com ela e estava eu ali. mas td bem. quarta tínhamos marcado, mas eu estava com preguiça e liguei por educação, ainda bem que vc não queria sair. por acaso neste dia quando cheguei em casa, lá estava a mulher que sou apaixonada faz tempo, amiga da guria q mora comigo. (será melhor omitir este fato?)

-enfim, na quinta tbm tínhamos marcado de jantar com um casal de amigos seus e depois curtir uma baladinha. mas eis q na mesma tarde recebo a notícia de que a lindinha ia lá em casa... desculpa, eu precisava cancelar! mas ainda bem que não foi preciso, afinal vc cancelou primeiro, teve seus problemas. eu não me esforcei em saber se podia ajudar: -"ok, vc não pode, td bem, a gente marca outro dia! tranquilo, tranquilo, gata..."

(hahahahaha)

-continuando... eu queria conversar com você hoje, mas não tivemos como. nos encontramos na saída do seu trabalho, estava um clima estranho (acho que eu estava estranha). vc estava conversando com suas amigas, mal conversamos, mal nos olhamos e eu comecei a pensar e acho q nos últimos 3 dias há algo diferente entre nós...

(vishhhh, acho q o jeito é falar td de uma vez)

-ou eu não acho mais nada. cabeça de mulher é estranha, não acha? em certos momentos eu senti medo q vc se apegasse a mim muito rápido, depois eu senti medo de em tão pouco tempo começar um relacionamento com vc pois estávamos nos falando todo dia, e todo aquele cuidado de ambas as partes, depois eu achei que talvez eu devesse conhecer vc melhor, depois eu percebi que não combinávamos em quase nada e agora tem isso: a guria que eu sou super afim está indo pra outro país no final do ano, vai passar pelo menos um ano estudando.

(ok, talvez melhor sem a última declaração)

-tudo aconteceu muito rápido, questão de 2 semanas. acho que acabei me assustando com algo tão rápido e intenso. mas vc é uma pessoa ótima. eu super curti vc, nós temos uma química absurda e eu adoro isso, mas além da cama (mesa, ...), algumas músicas e a paixão pela cozinha, não temos nada em comum. vamos ser realistas, se a gente tentar algo, no final vai dar merda e não vai ser pouca. enfim, acho que super podemos sair de vez em qdo, conversar, tomar um café, comer um pão de queijo, jogar uma sinuca... (pq não, né?) sair pra beber não! só se for em casa, uma ou duas garrafas de vinho no máximo, eu até faço um jantar bem gostoso pra vc, se vc quiser. acho que podemos continuar a nos conhecer com calma pra ver no que é que dá. mas por enquanto, não quero nenhum compromisso. (ao menos não com vc...)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

sem considerações

-eu gosto muito de vc, vc é muito legal, adoro a sua companhia, vc é uma pessoa ótima, inteligente, linda, blá blá blá, mas...

como sempre tem um mas...

peço somente que aceite

estava pensando a respeito de relacionamentos, amores.
as pessoas não sabem aceitar o amor que lhes é dado.
elas tem medo de se aproximar, de soltar as amarras, de receber algo tão profundo e não poder dar algo em troca.
eu só peço para q aceite o amor q tenho para dar.
não é pq estou fazendo carinho, sendo gentil, sendo agradável, que eu quero acorrentar a vida da outra pessoa.
dar e receber carinho não faz parte de um contrato, para ser assinado e levado a ferro e fogo pro resto de nossas vidas.
é isso que o ser humano não entende e tem medo.
os sentimentos mais profundos nos deixam a deriva, nos deixam expostos, e ninguém quer sair pelado no frio, por mais q essa possa ser a experiência mais revigorante da sua vida.
só peço q aceite.
não distorça em pensamento o sentimento que tenho, considerando atitudes gentis como paixonites insanas declaradas.
não quero prender a vida de ninguém, tão pouco que prendam a minha.
quero dar amor incondicional. quero aproveitar o momento e deixar a vida fluir da melhor maneira possível. quero tudo e nada ao mesmo tempo, me dê os desafios desta vida, eu os quero todos.
se hj está chovendo, amanhã teremos sol, se depois de amanhã vir um furacão, um dia depois reconstruímos tudo de novo.
acabem com todo o recalque e toda a repressão. eu quero amar, eu quero gozar desta vida, eu quero ser FELIZ!
e ao menos uma vez na sua existência: viva e deixe viver.

sábado, 10 de julho de 2010

insights de recalque

cozinha.
fumando, tomando café.
rádio ligado, começa a tocar 'why don't you get a job' do offspring. hahahahaha faça-me rir, né?

a primeira coisa que penso é em mandar o vídeo para meu ex namorado.
não, eu não gosto dele, mas tenho algumas coisas mal resolvidas, que ainda me fazem querer humilhar ele, magoar de alguma forma. sim, eu tenho muita vontade de fazer ele sofrer.

um breve histórico:
nos conhecemos brigando através de uma comunidade na internet, fizemos as pazes, começamos a conversar, nos encontramos na minha cidade, ele era de outra, acabamos nos apaixonando enlouquecidamente (redundância?), nos submetemos a um namoro a distância até que um dos dois terminasse seus projetos e pudesse se mudar. o combinado era fazer de tudo para conseguir isto o qto antes e nos vermos com certa frequência, a cada dois meses um viajava para a cidade do outro.
eu deveria ter desconfiado disso tudo quando já de início ele não pode vir por 2 vezes seguidas e eu PAGUEI as passagens, o transporte do bonitão, a comida, tudo, TUDO. (pausa para respirar mais calmamente).
assim foi por dois anos de namoro, ele sempre tinha algum motivo plausível para não conseguir fazer o combinado.
engraçado que eu na época tinha mais gastos que ele, morava sozinha, pagava minhas contas, trabalhava o dia inteiro, ia para a faculdade a noite, e ainda me sobrava dinheiro e tempo para ajudar ele.
é nessa hora que você pensa: tá, parou por aí, né?
mas não! como era de se esperar, eu terminei meus projetos antes dele e fui visitar a cidade dele, verificar as possibilidades de trabalho.
na segunda semana que estava lá na casa dos pais dele, ele disse que queria morar comigo, queria casar. eu mais uma vez acreditei, fui procurar um trabalho, comecei a trabalhar e durante 2 meses tivemos muitas brigas, discussões, eu cansei de pagar tudo para ele, cansei das promessas não cumpridas, cansei de tudo, surtei, entrei em depressão e voltei para casa, mas sem uma casa.
durante 2 anos eu fiz mais por ele do que por mim. minha culpa. confiei, acreditei, pensei que seria eterno, vivi num mundo de conto de fadas em que o sofrimento da princesa era tão dramático e real quanto nos livros. demasiadamente exagerado assim como. e teve um final perturbado como já se mostrava desde o início.

depois de meses de pós namoro ainda conturbados, voltamos a conversar civilizadamente. mas ainda há uma raiva disfarçada de ironia dentro de mim. sei que o que mais machuca ele e o faz sentir menos 'macho alpha' (hahahaha), é quando conversamos e eu pergunto se ele está trabalhando, se ele faz alguma coisa da vida dele. a resposta é sempre a mesma. após 4 anos ele continua no mesmo lugar que estava. morando com os pais, sem terminar nada do que começa, sem emprego, sem vida própria, parasitando quem está ao redor dele. pois é isso o que ele se tornou, um parasita. ele não é feliz, não sabe o que quer fazer da vida dele, então ele se fixa a alguma pessoa esperando que ela salve a vida dele, mas oq ele atrái é alguém que está tão perdido quanto ele. me incluia nesta situação.

e é o que provoca mais raiva interna e vontade de fazer ele sofrer. e não com qualquer tipo de sofrimento. afinal, machista como ele sempre foi, quero que ele lembre e se sinta humilhado por justamente uma mulher ter sustentado ele por tanto tempo. e se eu pudesse, ele tbm seria lembrado a cada segundo que ele nunca vai ser diferente disso, será sustentado pela mãe, pelo pai, pelos tios ou por quem quer que ele se grude pro resto da vida.
mas isso fica apenas na vontade, apesar de querer fazer ele sofrer mais em alguns momentos, eu sei que ele já se sente mal o suficiente a cada dia e eu não preciso piorar isso. ele já se comparou a 'lixo humano', então o que eu preciso fazer com alguém que já se colocou nesta posição? acho que ele já tem o suficiente, e foi ele quem buscou.

a mim cabe dissipar esta raiva e continuar o caminho, que já passou por ele, agora a estrada é outra.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

o bom...

da piada interna é que sempre sobra um boiando... e normalmente é justo o alvo da piada...

um viva aos pães de queijo!!!! eles conseguem se superar dia após dia...

terça-feira, 29 de junho de 2010

crises de identidade...

-pois é, ele tá super namorandinho...
-é, acho q agora tá séria essa volta com esse ex...
-vc conhece ele?
-conheço, o fernando(*) é um fofo, foi lá em casa umas duas vezes, saímos os 3 pra tomar umas beras esses dias...
-fernando(*)? mas ele não tá com o carlos(*)?
-hahahahaha... como assim? nosso amigo tá com dois ao mesmo tempo? e nem me contou! safadinho...
-pois é né, mas deixa ele aproveitar...

(horas depois, no boteco assistindo o jogo do brasil...)

-oi carlos(*), td tranquilo?
-sim, td susse...
-hey! peraí... pq eu te chamo de (*) fernando? teu nome afinal é carlos(*) ou fernando(*)?
-hahahahaha... os dois... é carlos fernando...
-hum.... parece nome de protagonista de novela mexicana... hahahahahahaha
-td bem, td bem, acontece né...

(já passadas algumas beras após o jogo)

-então, oq a gente vai fazer mais tarde?
-não sei, eu e o dudu vamos pra casa daqui a pouco, temos que voltar cedo hoje...
-dudu? como assim? quem é dudu? eu conheço?
-ele é o dudu...
-como assim? mais um nome? quem é vc afinal?
-hahahahahaha ele é carlos fernando e dudu nas horas vagas...
-(meia hora rindo) isso vai ser um problema... vc não está sentindo uma leve crise de identidade? se quiser te indico pra fazer uma análise com meu psicanalista, oq acha? =)

(*)os nomes foram trocados para manter a privacidade das pessoas envolvidas...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

homens/mulheres in trouble

vivem dizendo que é difícil entender as mulheres. e eu não tiro a razão de nenhum homem quanto a isso. mas hoje em dia está cada vez mais difícil entender o que se passa na cabeça de um e de outro... uma pequena historinha...

-vamos sair nesse final de semana?
-vamos, alguma sugestão?
-então, vai rolar uma festa de um amigo, queria q vc fosse, vai ser bem legal...
-massa, então vamos...

(passa uma hora, duas horas, cinco horas...)
-pois é, né... e ele continua me olhando lá de longe...
-ele está com os amigos dele...
-pois é, não vou atrapalhar, deixa ele curtir, eu vou continuar aqui bebendo, fumando e curtindo.
-isso aí, não fique dando mole, vc tem q ser difícil...
-não é sobre ser difícil ou não, mas ele pode não saber q eu estou afim...
-ah tá, depois das indiretinhas, depois de ter chamado ele várias vezes pra sair, vc acha q ele não sabe?
-não sei...
-ah guria, páre de pirar, ele está pensando em voltar com a ex namorada...
-pois é, estou pirando mesmo, afinal ele falou pra vc q me acha legal, q me acha bem gata, mas nada mais... se ele não está afim pq fica me chamando pra sair, me liga cedo pra saber com quem eu voltei da balada, se estou bem... 
-e se ele não souber se quer ou não a ex e tiver medo de ficar com vc e acabar estragando a possibilidade de uma amizade com vc?
-pois é, é uma bosta isso, não sei oq ele quer comigo...
-é mesmo, isso é uma merda...

*infelizmente só tenho a visão de duas mulheres sobre a situação, se algum homem quiser se pronunciar, nos ajudaria muito... 

quinta-feira, 24 de junho de 2010

a verdade, somente a verdade...

se todos falassem a verdade, como seria?

cena 1:

-então, como foi pra vc?
-uma bosta... deveria ter pego o náufrago, não a bola dele... faltou uma certa interação, sabe?

cena 2:

-vc vem sempre aqui boneca?
-venho toda vez que passo aqui na frente e vejo que vc não está...

cena 3:

-onde vc passou a noite que nem me ligou?
-sabe aquele meu vizinho gato pra caralho que eu sempre falo que é super gente boa? pois é, resolvemos estreitar as nossas relações nesta madrugada...

cena 4:

-nossa, vc não gosta dela, né?
-não, imagina! só adoraria ver essa vaca tropeçar com seu super sapato de salto agulha, bater a cabeça no meio fio e ter um traumatismo craniano... fora isso, nada contra ela...

cena 5:

(acordando, olha pro lado, percebe um certo movimento)

-bom dia gostosa, teve bons sonhos?
-tive sim, um ótimo onde vc virava pão de queijo e uma xícara de café-com-leite!

*é, acho melhor cuidar com a super sinceridade...